quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O marketing da acessibilidade: certo ou errado?


Dia desses, eu estava pesquisando um tema para o blog e me deparei com um artigo da arquiteta Elisa Prado. Ela chamava atenção para shoppings e estabelecimentos que têm usado a acessibilidade como estratégia de marketing.
Ela argumenta que a acessibilidade está na moda e como toda moda, corre o risco de passar e isso não pode acontecer. A arquiteta também ressalta que acessibilidade não pode ser um “diferencial” dos estabelecimentos comerciais.

A preocupação de Elisa Prado é recorrente. Também tenho visto isso acontecer bastante. Sempre digo que acessibilidade é uma garantia constitucional, aquele tal direito que todo brasileiro tem de “ir e vir”.

Acessibilidade não deve ser vista como bondade, como “diferencial”, tem que ser algo comum em todos os lugares e não apenas para alguns. Enfatizar a acessibilidade como um “diferencial” é transformar um direito de todo ser humano, que deveria ser normal, em algo segregador.

Dar condições de acessibilidade é cumprir a legislação,  e isso vale para todos e não apenas para alguns (que ainda se vangloriam por isso). É claro que até os conceitos de inclusão e normas de acessibilidade se tornarem algo comum ainda, vai demorar, pois é um aspecto cultural. Mas não pode se desenvolver uma cultura de que “aqui é melhor porque tem acessibilidade e atendimento preferencial”. Isso quem tem que dizer é o cliente e não o estabelecimento.

Neste sentido, algo que particularmente me preocupa é quando um local se proclama acessível, como marketing, é que pode estimular o preconceito. Porque pessoas que não estão acostumadas a conviver com a deficiência, podem passar a não frequentar aquele local, pelo mesmo motivo, infelizmente.

Porém, cabe ressaltar que não “fazer o marketing da acessibilidade” não significa não informar as condições de acessibilidade. Geralmente, alguém com deficiência gosta de saber com antecedência se o local está preparado. Assim, a atitude precisa ser informativa, em vez de promocional.

Postado por: LUIS DANIEL

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

ANTT garante condições de acessibilidade no transporte rodoviário de passageiros


07/08/2012
A Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT – estabeleceu, por meio da Resolução nº 3.871/2012, os procedimentos para assegurar condições de acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida que utilizam o transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.

Esses usuários têm direito a receber tratamento prioritário e diferenciado nos ônibus com segurança e autonomia, total ou assistida, sem pagar tarifas ou acréscimo de valores no preço das passagens.

As empresas de ônibus deverão adotar, 30 dias após a publicação da resolução, as providências necessárias para assegurar as instalações e serviços acessíveis, observando o Decreto nº 5.296/2004, as normas técnicas de acessibilidade da ABNT e os programas de avaliação de conformidade desenvolvidos e implementados pelo Inmetro.

Deverão providenciar os recursos materiais e o pessoal qualificado para atender os passageiros e divulgar, em local de fácil visualização, o direito a atendimento prioritário de pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive com deficiência visual e auditiva.
As transportadoras deverão também avisar, com dispositivo sonoro, visual ou tátil, os pontos de parada entre a origem e o destino das viagens de forma a garantir as condições de acessibilidade. No embarque ou desembarque deverão apresentar as seguintes possibilidades:

- passagem em nível da plataforma de embarque e desembarque do terminal (ou ponto de parada) para o salão de passageiros;
- dispositivo de acesso instalado na plataforma de embarque, interligando-a ao veículo;
- rampa móvel colocada entre o veículo e a plataforma;
- plataforma elevatória; ou
- cadeira de transbordo.

Os passageiros poderão transportar, gratuitamente, os equipamentos que utilizam para sua locomoção, mesmo que extrapolem as dimensões e excedam os limites máximos de peso. Nesse caso, deverão informar à transportadora com antecedência mínima de 24 horas do horário de partida do ponto inicial. No caso de locomoção com cão-guia, o animal será transportado gratuitamente, no piso do veículo, próximo ao seu usuário.

De acordo com a resolução da ANTT, os ônibus interestaduais, com características urbanas, deverão ter 10% dos assentos disponíveis para o uso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, garantindo o mínimo de dois assentos, preferencialmente localizados próximos à porta de acesso.

Para assegurar as condições de acessibilidade, a frota total de veículos das transportadoras deverá ser fabricada ou adaptada. Até 2 de dezembro de 2014, as condições de acessibilidade para os veículos utilizados exclusivamente para o serviço de fretamento serão exigidos somente daqueles fabricados a partir de 2008. Após essa data, as condições de acessibilidade serão exigidas da totalidade da frota.

As empresas que descumprirem a resolução da ANTT estarão sujeitas à multa e os veículos poderão ser descadastrados do Sistema Informatizado da agência.

domingo, 12 de agosto de 2012

Companhias aéreas não estão prontas para auxiliar cadeirantes


Paraplégico, o escritor Marcelo Rubens Paiva passou por um situação desagradável ao ser "esquecido" no avião por funcionários da TAM no último domingo. A companhia, em nota oficial, afirmou que o ambulift, equipamento utilizado para efetuar o desembarque de cadeirantes, estava atendendo clientes de outros voos. O autor contou que demorou mais para deixar o avião do que a duração do voo entre Rio e São Paulo.
O caso coloca em dúvida o atendimento das empresas aos clientes em cadeira de rodas. No Brasil, segundo estatísticas, há 24,5 milhões de portadores de deficiência - muitos deles cadeirantes e com vida ativa, enfrentando problemas para se locomover não só pela cidade, mas também em viagens aéreas.
Cadeirante há pouco mais de um ano, o palestrante motivacional Janderson Viegas, de 21 anos, viajou com a família da namorada de Manaus para Fortaleza pela TAM no último mês de março e passou por problemas na hora do embarque, mas pôde contar com a ajuda de funcionários da empresa.
"Eles me deram uma cadeira adaptada. Meu assento era o primeiro, mas a cadeira não chegava até ali, então tive que ser carregado pelo meu sogro e dois funcionários da TAM", contou o jovem à reportagem. "Eles me ajudaram completamente quando eu precisei e a minha cadeira chegou sem problemas", completou.
O SRZD entrou em contato com as quatro principais companhias aéreas do país pedindo informações sobre o auxílio a passageiros em cadeira de rodas e constatou que os eventuais problemas não acontecem apenas na hora do embarque, mas antes mesmo da compra das passagens.
Identificando-se como cadeirante, o repórter ligou para o serviço de atendimento ao consumidor (SAC) da Azul, Webjet, TAM e Gol. Confira abaixo:
Azul - Na primeira tentativa, após explicada a situação, a atendente pediu um instante para confirmar informações e, em seguida, a ligação caiu. Na segunda tentativa, outra atendente informou que a companhia dispõe de rampas para o acesso nas aeronaves e que a cadeira de rodas precisa ser despachada. Diante do pedido de novas informações, mais um instante foi solicitado e a ligação voltou a cair.
Webjet - A atendente reconheceu que o site da empresa não dispõe da opção para solicitar auxílio a cadeirante no momento da compra, mas ela pode ser efetuada normalmente e o cliente deve ligar para a companhia solicitando a inclusão do serviço especial. A companhia se compromete em disponibilizar funcionários para auxiliar no embarque e desembarque.
TAM - A empresa também não tem a solicitação do serviço pela internet e o cliente precisa entrar em contato por telefone. A operadora informou que o passageiro tem a opção de embarcar com a cadeira ou despachá-la e usar uma da companhia. Há respaldo de funcionários no embarque, desembarque e, se necessário, durante a viagem. Disponibilizam ainda, se necessário, o ambulift.
Gol - A atendente informou que há auxílio para cadeirantes, mas não soube dar outras informações, como explicar se o passageiro teria que despachar sua cadeira ou não. Mediante solicitação de atendimento especial, o cadeirante precisa chegar duas horas antes do voo para fazer o embarque - aproximadamente uma hora de espera a mais que os outros passageiros em voos domésticos.
Fonte: SRZD

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Acessibilidade na 1ª Delegacia de Plantão da Policia Civil


A 1ª Delegacia de Plantão da Policia Civil de Uberaba passará por adequações e contara com uma sala no térreo onde funcionara o Cartório de Plantão para atender Pessoas com Necessidades Especiais, a iniciativa foi do Subinspetor da Policia Civil Jorge Henrique Severino. Além do Cartório de Plantão acessível, a Delegacia também contara com um Banheiro Adaptado.

Congratulações pela iniciativa Subinspetor Jorge Henrique Severino! 

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Empresas terão de adaptar ônibus de viagens


As empresas de ônibus terão até o início de setembro para garantir condições de acessibilidade a pessoas com deficiência nas linhas interestaduais e internacionais. A obrigatoriedade foi definida por meio de resolução publicada nesta semana pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

A agência estabelece que as viações ofereçam meios para que cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida tenham acesso aos veículos. Entre as possibilidades sugeridas estão a instalação de elevadores ou a colocação de rampas móveis ligando o ônibus à plataforma. As companhias também podem oferecer cadeiras de transbordo, nas quais o passageiro é colocado ainda do lado de fora do coletivo. O equipamento, então, é erguido por funcionários. Para facilitar a subida, a cadeira tem rodas adaptadas, cujo eixo se inclina para facilitar a passagem pelos degraus.

Outra exigência da ANTT é para que as viações prestem informações acessíveis. "Assim, deve-se dispor de recursos materiais adequados, pessoal qualificado e sítio eletrônico acessível", informa o texto. O prazo para prestar as informações é de 110 dias - até fevereiro de 2013, portanto.
As empresas que não cumprirem as determinações podem receber multa de R$ 3.786,96, além de correr o risco de terem os veículos descadastrados da ANTT.

As viações que operam linhas interestaduais a partir do Grande ABC ainda não oferecem sistemas de acessibilidade. A equipe do Diário entrou em contato com os serviços de atendimento ao cliente das empresas 1001, Itapemirim e do grupo Gontijo/São Geraldo. Passando-se por um passageiro cadeirante, o repórter foi informado, em todas as companhias, de que não há à disposição cadeiras de transbordo ou rampas móveis. Nesses casos, o passageiro teria de ser erguido por funcionários e a cadeira de rodas colocada no bagageiro. O único direito da pessoa com deficiência nesses veículos é a disponibilidade de poltronas exclusivas.

Para associação, resolução ainda é tímida

A resolução para garantir acessibilidade nos ônibus interestaduais e internacionais é positiva, mas ainda carece de avanços. A opinião é do vice-presidente da Acid (Associação pela Cidadania da Pessoa com Deficiência), José Carlos Bueno. Ele sugere que haja espaço vazio para que as cadeiras de rodas sejam afixadas, como ocorre nos ônibus urbanos. "A cadeira é parte do passageiro."

Bueno critica o fato de a medida não valer para ônibus que circulam dentro do Estado. Uma viagem para Presidente Prudente, no interior de São Paulo, demora cerca de seis horas. Para uma cidade na divisa com Minas Gerais, o percurso demora pouco mais de uma hora.

A presidente da comissão da Pessoa com Deficiência da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Santo André, Karina Falcão, a resolução tem objetivo de reforçar a lei 10.098, de 2000, que define as condições de acesso para deficientes. Ela cobra que os funcionários recebam treinamento para proporcionar tratamento adequado.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Famílias de Uberaba, MG, se unem para manter aulas de Equoterapia


Grupo de pais, amigos e colaboradores se uniu para arrecadar fundos.
Com verba arrecadada foi possível ampliar número de atendimentos.
Luiz VieiraDo G1 Triângulo Mineiro


Fundada há aproximadamente 14 anos, a Associação Mineira de Equoterapia (AME), de Uberaba, no Triângulo Mineiro, enfrentava dificuldades para se manter em funcionamento e corria o risco de até mesmo interromper os atendimentos. Foi então que pais, amigos e colaboradores resolveram se unir para tentar reverter a situação. Eles criaram uma espécie de calendário onde organizam eventos para arrecadar fundos e desde então conseguiram ampliar o número de atendimentos e de funcionários.

Para Vânia Veloso Guimarães, mãe da praticante Maria Eduarda, os resultados da equoterapia são visíveis no desenvolvimento da filha. Ela descobriu o grupo quando a menina tinha três anos e foi diagnosticada com autismo. "Logo que eu tive o diagnóstico comecei a pesquisar e estudando ouvi falar que a equoterapia é um recurso interessante para o desenvolvimento do autista. Daí descobri que já existia a associação em Uberaba há alguns anos, mas estava bem no início e o trabalho quase que não tinha divulgação. Os médicos viram que realmente seria interessante para ela a equoterapia e então eu estou aqui tem nove anos. Neste tempo percebi muitas melhoras porque o autista é disperso e até a postura  Vânia.

Ainda de acordo com a mãe, quando ela conheceu o grupo a AME a instituição passava por dificuldades e estava prestes a fechar por falta de condições. Foi então que os pais decidiram fazer algo e organizaram uma festa junina para angariar fundos e pagar as contas. A ação teve resultado positivo e desde então o grupo investiu em mais eventos. "Foi nossa primeira festa e desde então fizemos outras edições e resolvemos organizar outros eventos durante o ano para ajudar a manter a associação. Antigamente eram cerca de 20 praticantes e hoje temos 83. Tínhamos dois funcionários e agora temos uma folha de pagamento de dez funcionários", completou Vânia.



Atualmente, a AME conta com profissionais para atendimento em diversas áreas, desde profissionais que trabalham com a equitação, até especialistas como fisoterapeutas, psicólogos e terapeutas. A Prefeitura e algumas empresas ajudam a associação com alguns recursos, mas são as ações das famílias que completam o orçamento.

O presidente da AME, Fernandino Ribeiro Guimarães, descobriu o grupo em 2002, quando colocou a filha Marina, na época com dois anos, portadora da Síndrome de Down, para participar da equoterapia. Para ele o desenvolvimento da filha foi surpreendente com a prática do esporte e a ideia é que a as atividades sejam ampliadas. "Desde que começou na equoterapia ela desenvolveu na postura, o comportamento e hoje está no programa avançado. A nossa proposta é conseguir com os eventos ampliar o atendimento para as famílias como, por exemplo, nós atendemos de segunda a sexta-feira e em três dias da semana atendemos só pela manhã. A nossa ideia era ampliar o atendimento para todos os dias o dia todo", finalizou.

Entenda os benefícios
Segundo o fisioterapeuta e equitador, Willian Rocha de Oliveira, a equoterapia é uma modalidade esportiva com diversos benefícios terapêuticos, que vão desde a melhora física até o desenvolvimento social dos integrantes. Ele lembrou que o desenvolvimento dos pacientes já proporcionou até mesmo a inserção ou reinserção de pacientes no mercado de trabalho.

"Os benefícios da atividade são observados em três esferas: a física, através do movimento terapêutico que o cavalo tem que promove ganhos no equilíbrio, na coordenação motora, na força muscular, na agilidade, na destreza; a outra esfera de ganho é a psicológica, que vai de encontro a toda a magnitude que é o trabalho com o cavalo, a questão do suporte, da força que ele transmite, gera benefícios na autoestima, na melhora da autonomia; e por último a esfera que envolve os aspectos ligados a questão social, conforme o praticante vai tendo ganhos na parte física e psicológica ele tem ganhos na esfera social, ou seja, as vezes ele não trabalhava estava afastado e passa a trabalhar como temos em alguns casos aqui na associação, em alguns casos a pessoa passa a ter um convívio melhor na própria família, o praticante acaba criando condições para participar de eventos esportivos", finalizou o fisioterapeuta.

Fonte: G1 Triangulo Mineiro Globo.com

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Justiça Eleitoral cria programa para garantir acessibilidade nas eleições


Jéfte AmorimDo NE10
Com base na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da Organização das Nações Unidas, assinada pelo Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está lançando o "Programa de Acessibilidade da Justiça Eleitoral". Instituído através da Resolução Nº 23.381/2012, o Programa tem como objetivo implantar melhorias de acessibilidade nos prédios da Justiça Eleitoral e locais de votação.

Para elaborar a Resolução, o TSE executou um diagnóstico nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e cartórios do país, baseado em questionários de avaliação das demandas locais. A partir da análise das estruturas, projetos em andamento e dificuldades regionais, além das demandas das próprias unidades do TSE, o órgão propôs um documento com recomendações e medidas a serem tomadas, aprovado pela Corte Eleitoral.

A aplicação das ações previstas no Programa de Acessibilidade, no entanto, será em etapas, devido à dependência do orçamento. Segundo a Justiça Eleitoral, ainda não há previsão final para aplicação total da Resolução, mas algumas medidas já têm sido tomadas para facilitar o acesso das pessoas com deficiência às urnas.

VOTAÇÃO - Os locais de votação devem ser acessíveis aos eleitores com deficiência ou com mobilidade reduzida, mas por serem de propriedade privada estão fora da jurisprudência da Justiça Eleitoral. É de responsabilidade dos TREs orientar os juízes eleitorais para requisitar locais que se adequem às demandas de todas as pessoas junto aos governos estaduais, municipais e órgãos privados.

De acordo com a Resolução recém-aprovada no TSE, os locais de votação devem ser periodicamente vistoriados para análise de acessibilidade e não podem ter obstáculos que impeçam ou dificultem o trânsito das pessoas com necessidades especiais às urnas. Além disso, as urnas devem ter teclado com braile e sistema de áudio para as pessoas com deficiência visual, com mesários treinados para atender às demandas nas seções em que se fizer necessário.

CADASTRO - Para solicitar um local especial, que atenda corretamente às demandas de acesso desse público, o Tribunal Superior Eleitoral alerta para a necessidade de os eleitores com deficiência informarem sua condição no cadastro eleitoral/título de eleitor. Este ano não é mais possível fazer a requisição, por ter expirado o prazo, mas terminadas as eleições, os cartórios abrirão novamente para o serviço.

Fonte: NE10

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Norma de acessibilidade em edifícios entrará em consulta pública

Texto determina critérios para edifícios, espaços mobiliários, equipamentos urbanos, além de meios de transporte e de comunicação.

Foi aprovada na última sexta-feira (29) a revisão do texto da NBR 9050/2005, que trata da acessibilidade e edificações, mobiliário, espaços e equipamentos. A norma entrará em consulta pública nos próximos dias, ficando disponível por 60 dias.

O Comitê Brasileiro nº 40 (Acessibilidade) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), determina que a acessibilidade para as pessoas portadoras de deficiência deva acontecer em edifícios, espaços mobiliários, equipamentos urbanos, além de meios de transporte, meios de comunicação de qualquer natureza e seus acessórios.

O novo texto da NBR 9050 foi elaborado pela Comissão de Estudos Acessibilidade à Edificação e ao Meio.
Durante a aprovação do texto, também foi discutido o texto final do projeto de norma "Acessibilidade em estádios", que quando for aprovada, criará legislação específica para a acessibilidade nos estádios do país.

De acordo com o Confea, as características desse tipo de construção demandam estudos específicos para definir, por exemplo, tipo de banheiros, assentos, rampas e elevadores.

Fonte: PINIWEB

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Anatel deve regulamentar celular para deficientes visuais


Normas serão estabelecidas para que sejam oferecidos aparelhos que indiquem, de forma sonora, quais as operações e funções estão sendo clicadas pelo usuário cego



Anatel “tem obrigação legal de proceder à regulamentação”, 
diz o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão

São Paulo - A 17ª Vara Federal Cível de São Paulo concedeu na última quinta, 17, liminar em ação civil pública proposta no último dia 16 pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo e determinou que a Anatel, no prazo de 120 dias, elabore “projeto contemplando as adaptações normativas que suprimam as barreiras existentes” para o uso de celulares por pessoas com deficiência visual.

A regulamentação deverá estabelecer normas para que sejam oferecidos no mercado aparelhos que indiquem, de forma sonora, quais as operações e funções estão sendo clicadas pelo usuário cego ou com visão reduzida.

Em maio de 2011, após receber reclamações que indicavam as dificuldades na aquisição de celulares acessíveis aos deficientes visuais, a PRDC solicitou esclarecimentos à Anatel e foi informada que muitos aparelhos já possuem facilidades que propiciam a interação por intermédio da fala. Na oportunidade, a agência enviou ao Ministério Público Federal uma relação de aparelhos que possuem o software “leitor de mensagens”.

Da lista fornecida pela Anatel, apenas alguns modelos foram encontrados no mercado nacional, a maioria com tela sensível ao toque, o que torna sua navegação praticamente impossível aos deficientes visuais. “O software 'leitor de mensagens' que acompanha esses aparelhos opera apenas nos idiomas inglês e finlandês”, informa a ação.

Diante das dificuldades, o MPF recomendou à Anatel, ainda em 2011, que regulamentasse, no prazo de 90 dias, os requisitos para certificação de aparelhos sonoros, visando o atendimento às condições de acessibilidade. Em resposta, a Anatel informou que as regras formuladas pela sua Gerência de Certificação e Engenharia de Espectro se dirigem somente à indústria de equipamentos de telecomunicações, para que a produção atenda a quesitos de segurança, neutralidade de redes e respeito à vida do consumidor. A agência também enviou uma compilação de normas em vigor que garantiriam a acessibilidade dos deficientes.

Para o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, autor da ação, a resposta não atendeu à recomendação. Ele considera que a Anatel “tem obrigação legal de proceder à regulamentação” e que está sendo “omissa no tocante ao pleno gozo dos direitos fundamentais das pessoas com deficiência”. Ele explica ainda que “a ação foi necessária como única forma de exigir da Anatel a acessibilidade ampla e irrestrita das pessoas com deficiência visual aos serviços de telefonia móvel pessoal, já que a agência não cumpriu seu papel regulador”.

Fonte: EXAME.com

domingo, 15 de abril de 2012

Saiba mais sobre Acessibilidade: Pessoas com Deficiência e Idosos


Arquivos

Contribui para a atuação conjunta dos Promotores de Justiça de nosso Estado que trabalham na defesa dos direitos das pessoas portadoras de deficiência, bem como sugestão aos órgãos de execução de uma política de atuação, garantindo a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência aos prédios de uso público, em função dos ditames da Lei Estadual nº 11.666/94, Lei Federal nº 10.098/00 e NBR 9050/94.

Contribui para a atuação conjunta dos Promotores de Justiça do Estado de Minas Gerais que trabalham na defesa dos direitos dos idosos, buscando medidas que atenuem os problemas que envolvem o envelhecimento e a velhice e pretendendo a ampliação do trabalho de fiscalização das entidades asilares para todo o Estado.

Resolução Nº109 de 11 de novembro de 2009

Secretaria Especial dos Direitos Humanos

Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais - CREA/MG


domingo, 1 de abril de 2012

Dia do Autismo é celebrado com passeata em Uberaba

Geórgia Santos - 01/04/2012
Grupo realizou passeata para celebrar o Dia Mundial do Autismo. Cerca de 40 pessoas saíram neste sábado em caminhada no centro da cidade, rumo à praça Rui Barbosa, com o intuito de chamar a atenção da população para o autismo. Durante o evento, foram entregues panfletos informativos à população.

 O Dia Mundial do Autismo é comemorado no dia 2 de abril. A data foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o intuito de mostrar à população o que é esta patologia, o que é preciso fazer para lidar com as pessoas e o respeito pelo autista. “Realizamos esta passeata com este intuito e estamos satisfeitos, pois atingimos o objetivo e conseguimos mobilizar um número significativo de pessoas. E assim chamamos a atenção das autoridades, bem como de professores, para que conheçam o que é o autismo. Quanto mais informações, menor o preconceito”, afirma Luiza Coelho, uma das organizadoras da passeata.

 Ainda segundo Luiza, é preciso o apoio do governo para conscientizar a população, bem como no tratamento de pessoas autistas. “Os autistas têm necessidades específicas e uma delas é o tratamento para que todos os profissionais conversem e falem a mesma língua com os pacientes e familiares. É preciso um local onde existam fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas e professores de Educação Física trabalhando e conversando na mesma linha de pensamento. Atualmente, fazem este trabalho aqui em Uberaba a Apae e os Caps, entretanto, podemos melhorar e construir um ambiente específico para os autistas. O governo poderia colaborar mais, conscientizando a população sobre o tema, para que as pessoas não tenham preconceito e saibam lidar com o autista. São quase dois milhões de autistas no Brasil”, explica Luiza Coelho.


Fonte: JM Online

terça-feira, 27 de março de 2012

Linha de roupas possibilita que pessoas com deficiência consigam se vestir com facilidade

Acessibilidade agrega muitos outros fatores que ultrapassam a construção de rampas pela cidade. O conceito requer a adaptação de produtos, serviços e informação a toda a população, inclusive pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Dentro desse espírito, Ann Oliver criou uma linha de roupas que pessoas com diversos tipos de deficiência conseguem vestir. A inglesa trabalhou durante muitos anos como arquiteta, mas mudou o rumo de sua carreira quando os sintomas da esclerose múltipla se tornaram mais limitantes. Depois que passou a se locomover com cadeira de rodas, Ann notou como era mais difícil se vestir. Com base nessa experiência, ela criou uma linha de roupas que facilita a vida de pessoas com limitações de movimentos que dificultam o convívio com fivelas e botões. A Xeni Collection visa a apresentar alta costura com qualidade de vestuário e facilidade para todos. Para isso, as peças têm ímãs em vez de zíperes e botões com fechamento fácil. Cadeirantes podem até comprar peças com abertura na região das nádegas, para que sejam retiradas com menos dificuldade enquanto a pessoa permanece sentada.

As roupas podem ser encontradas no site da marca e têm preços entre 250 e 550 libras (de R$ 1.008 a R$ 1.585). Oliver também criou uma linha de bijuterias de fácil colocação, mas as peças ainda não foram produzidas em escala para venda.

 Fonte: odiario.com

sexta-feira, 16 de março de 2012

Projeto reserva vagas para pessoa com deficiência em locais privados

16/03/2012 11:03
Está em análise na Câmara, o Projeto de Lei 3254/12, do Senado, prevê reserva de vagas para pessoas com deficiência que têm dificuldade de locomoção em estacionamentos de espaços privados abertos ao público ou de uso coletivo. Atualmente, a Lei da Acessibilidade (10.098/00) obriga apenas espaços e vias públicas a reservar vagas. 


Para o autor do texto, senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), os direitos fundamentais têm que ser respeitados também nas relações jurídicas entre particulares. “Inclusive este é o entendimento do Supremo Tribunal Federal”, argumenta. 


O projeto também altera a redação da Lei da Acessibilidade. Substitui a expressão “pessoa portadora de deficiência” por “pessoa com deficiência”. Segundo Rollemberg, o objetivo da mudança é adequar a lei ao texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU). A convenção foi ratificada pelo Brasil em 2007 e incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro com força de norma constitucional em 2008. 


Tramitação A proposta foi apensada ao Projeto de Lei 7699/06, que está pronto para ser analisado pelo Plenário. 

Fonte: Agência Câmara de Noticias